Vivemos hoje neste tempo de incerteza, aprisionados entre as lembranças bem recentes dos momentos de liberdade em que imperavam as nossas decisões acertadas no nosso conhecimento e domínio próprio. Esquecia-mos frequentemente que éramos seres errantes e mortais e que as nossas acções passadas pudessem ter repercussões tão rápidas e que delas nos viéssemos a lamentar também tão rapidamente.
Fazem-nos hoje falta muitos momentos que deixamos passar sem grande questionamento e preocupação.
A vontade de TER, de USUFRUIR e do PRAZER aliadas ao EGOCENTRISMO e ao tempo e felicidade IMEDIATOS, foram superiores ao OUTRO e ao AMBIENTE, deixamos assim, comandar a nossa vida pelo FACILITISMO e pela supressão das nossas necessidades, que foram crescendo pela mão sedenta do MATERIALISMO e do CAPITALISMO.
Fechamos os olhos ao nosso meio e mesmo vivendo numa era de grande domínio tecnológico e de inteligência artificial, onde se vêm diariamente grandes conquistas nos vários patamares da ciência, não conseguíamos ver e perceber os sinais que todo o nosso planeta azul nos ia dando.
De AZUL e VERDE, tornou-se CASTANHO, RESSEQUIDO e DOENTE.
DESESPERADO e quase que num último SUSPIRO lança-nos sinais, num grito que hoje ouvimos, e fomos forçados a entender, mas que não conseguimos ainda responder.
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